Uso de Anestésico
O interesse nas propriedades psicotrópicas da Erythroxylon coca levou ao isolamento da cocaína por Niemann em 1860 e o estudo de sua farmacologia por Von Anrep em 1880. Ambos descreveram a ação da cocaína como anestésico local, no entanto a sua introdução na medicina pertence a Carl Koller (1884). Koller reconheceu o grande significado clinico da droga e rapidamente demonstrou sua ação no alívio da dor em vários procedimentos oftalmológicos. Os benefícios da cocaína foram largamente difundidos e em um ano a droga já havia sido administrada com eficácia em vários procedimentos médicos. Em 1892, Einharn e seus colaboradores começaram a pesquisar o uso de anestésicos mais seguros e que não causassem dependência. Desde então, foram feitas várias modificações na fabricação de soluções anestésicas e introduzidos vários fármacos úteis na prática clinica.
Entretanto, como nenhuma droga é atualmente isenta de toxicidade potencialmente grave, continua a pesquisa de novos e melhores anestésicos. A lidocaína, atualmente o anestésico mais popular, foi sintetizada por Löfgren, 1943, e pode ser considerado como o protótipo de anestésico. Com tudo embora seja relativamente fácil sintetizar um composto químico com efeitos anestésicos, é muito difícil reduzir a toxicidade significativamente abaixo daquelas dos fármacos atuais.
Na mulher grávida, a farmacocinética difere da que ocorre em mulheres não grávidas, pois há alterações fisiológicas que podem predispor ao aparecimento de patologias, e que modificam a absorção, distribuição e eliminação de fármacos. Assim muitas vezes há necessidade de reajustes em esquema de administração, já que a maioria das drogas é altamente tóxica e pode chegar ao feto rapidamente.